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Em entrevista ao programa Fórum 21 na noite desta quarta-feira (12), a deputada federal e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que não ficou surpresa com os vazamentos apresentados pelo The Intercept Brasil. Desde o último domingo (9), o veículo de Glenn Greewald vem trazendo matérias que mostram conversas privadas entre o ex-juiz Sérgio Moro, o chefe da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, e outros procuradores, que deixam clara uma articulação anti-ética e supostamente ilegal para incriminar o ex-presidente Lula.
Os diálogos revelam, entre outras coisas, que juiz e promotor praticamente "combinaram" a sentença de Lula, com direito a Moro dando dicas sobre o processo e modificando fases da operação para chegar à condenação do ex-presidente. Outros diálogos sinalizam que o próprio Ministério Público duvidava da consistências das provas que tinha e há conversas ainda de procuradores se articulando para proibir uma entrevista de Lula durante a campanha eleitoral do ano passado, com o temor que a entrevista beneficiasse o candidato petista Fernando Haddad.
"Não fiquei surpresa com as revelações. Denunciamos a suspeição do Sérgio Moro e a falta de isenção da operação Lava Jato há muito tempo", disse Gleisi.
Para a deputada, que também é presidente nacional do PT, as revelações que desnudam os bastidores da Lava Jato beneficiam juridicamente Lula, que está preso desde abril de 2018 na superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
"Não tenho dúvidas que isso melhora juridicamente a situação do presidente Lula, porque Lula é vítima. O próprio Dallagnol diz que tinha dúvidas porque não tinha provas concretas. Ele chega a vibrar com a matéria do jornal O Globo sobre o triplex (...) Lula continuar preso é um crime continuado. Lula tem que ser solto o mais rápido possível. Espero que isso aconteça a bem do Estado Democrático de Direto", afirmou a petista.
Assista a íntegra da entrevista.
https://youtu.be/nLOPSsFS9uc