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POLÍTICA
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O G1, portal de notícias da Globo, segue com a operação abafa em relação ao caso do vazamento das conversas entre o então Juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o procurador federal Deltan Dallagnol.
Na capa de sua edição desta quarta-feira (12), o portal, além de ignorar o assunto, estampa na manchete matéria sobre a redução no número de mortes violentas no Brasil.
O assunto é capa de praticamente todos os grandes jornais do país, incluindo o seu concorrente mais direto, o portal UOL, do grupo Folha.
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Sócia da Lava Jato
A cobertura da Rede Globo, que tenta atenuar o assunto, foi alvo de várias matérias na última terça-feira nesta Fórum. Em uma delas, fazemos a comparação de duas capas do jornal O Globo. A primeira há três anos, quando do vazamento pelo próprio Moro de conversa entre Dilma e Lula. Naquele momento, o jornal mostrava em sua capa o conteúdo da conversa. Desta vez, com Moro, o diário da família Marinho aponta apara a investigação, inclusive dos supostos ‘hackers’ que teriam levantado as conversas.
Em outro texto, no Blog Escrevinhador, o jornalista Rodrigo Vianna faz longa e precisa análise da cobertura do grupo. Para ele, "desde o Mensalão, em 2005, a TV Globo cumpre o papel de organizar o discurso da direita no Brasil. Importante frisar bem esse verbo: ela 'organiza' todo um campo político, e não apenas divulga ou reforça o discurso dos setores 'liberais'".
O próprio Gleen Greenwald, do site The Intercept, que publicou as denúncias, revelou a ligação entre a Rede Globo e o ministro da Justiça, Sergio Moro, ao comentar a cobertura do grupo de comunicação sobre as conversas espúrias do ex-juiz com procuradores da Lava Jato.
Para ele, “a Globo é sócia, agente e aliada de Moro e Lava Jato – seus porta-vozes – e não jornalistas que reportem sobre eles com alguma independência. É exatamente assim que Moro, Deltan e a força-tarefa veem a Globo. Então não esperem nada além de propaganda”, tuitou Glenn, ao responder ao jornalista escocês Andrew Downie, que publicou que o Jornal Nacional deu “mais tempo para Dalton Dallagnol, Sérgio Moro e as associações dos juízes e procuradores para negar as acusações contra eles do que focar nas gravíssimas acusações em si”.