General Villas Bôas sai em defesa de Moro e faz nova ameaça a quem tenta "esvaziar a Lava Jato"

Em novembro, em entrevista à Folha de S.Paulo, o ex-comandante das Forças Armadas confessou que usou o Twitter para pressionar a mídia e os ministros do STF na véspera do julgamento do Habeas Corpus preventivo do ex-Presidente Lula, em abril do ano passado

Villas Bôas com Bolsonaro, e Sergio Moro (Montagem)
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Ex-comandante das Forças Armadas, o General Eduardo Villas Bôas usou o Twitter nesta terça-feira (11) para interferir na política mais uma vez, saiu em defesa do ex-juiz e atual ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Sergio Moro, e fez nova ameaça a quem tenta "esvaziar a operação Lava Jato". "Momento preocupante o que estamos vivendo, porque dá margem a que a insensatez e o oportunismo tentem esvaziar a operação lava a jato, que é a esperança para que a dinâmica das relações institucionais em nosso país venham a transcorrer no ambiente marcado pela ética e pelo respeito ao interesse público. Expresso o respeito e a confiança no Ministro Sérgio Moro (SIC)", tuitou o general. Em novembro, em entrevista à Folha de S.Paulo, Villas Bôas confessou que usou a rede social para pressionar a mídia e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) na véspera do julgamento do Habeas Corpus preventivo do ex-Presidente Lula, no mês de abril do ano passado. “Ali, nós conscientemente trabalhamos sabendo que estávamos no limite. Mas sentimos que a coisa poderia fugir ao nosso controle se eu não me expressasse. Porque outras pessoas, militares da reserva e civis identificados conosco, estavam se pronunciando de maneira mais enfática. Me lembro, a gente soltou [o post no Twitter] 20h20, no fim do Jornal Nacional, o William Bonner leu a nossa nota’, contou na entrevista. Os dois tuítes do então comandante das Forças Armadas tiveram grande repercussão. “Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?”, dizia um deles. O outro fazia uma ameaça direta de intervenção ao afirmar que: "Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”.