Endividados atingem maior patamar em 4 anos; economista não vê solução neste governo

Na faixa de menor renda, o contingente de famílias com contas ou dívidas em atraso passou de 26% em março para 26,7% em abril

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Por Brasil de Fato Pelo quarto mês consecutivo, a taxa de famílias endividadas no Brasil ultrapassa a marca dos 60%. Em abril deste ano, a parcela de devedores, em atraso ou não, registrou 62,7%, sendo o patamar mais expressivo desde setembro de 2015, quando o número de endividados foi de 63,5%. O índice de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas também subiu de 9,4% para 9,5% entre março e abril. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta terça-feira (7) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O estudo é feito mensalmente desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18 mil consumidores. Para Juliane Furno, doutoranda em Desenvolvimento Econômico na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mais do que um impasse econômico, o endividamento é um problema social e coletivo, visto que atinge mais de 50% da população. Segundo a pesquisa, a inadimplência é maior entre os mais pobres. Na faixa de menor renda, o contingente de famílias com contas ou dívidas em atraso passou de 26% em março para 26,7% em abril. “As pessoas que estão com o nome sujo, endividadas, isso tem um peso social importante, porque não se sabe como vai comer no próximo dia, se vai conseguir continuar morando em algum lugar ou vai ter que morar na rua, mas também tem uma dimensão econômica importante”. Leia a matéria completa no Brasil de Fato