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O ex-fã de Sérgio Moro e da Operação Lava Jato, o cineasta José Padilha, diretor do premiado "Tropa de Elite", voltou a criticar o atual ministro da Justiça e Segurança Pública. Padilha afirmou que Moro “virou uma moeda de troca” no governo de Jair Bolsonaro, de acordo com informações de Beatriz Amendola, do UOL.
Durante evento para promover a nova temporada da série “O Mecanismo”, da Netflix, inspirada na Lava Jato, o cineasta declarou que o ministro, que era o responsável pelas investigações, acabou sendo usado pelo governo.
“O Bolsonaro não tem maioria no congresso e está negociando para aprovar as reformas. E ele está usando o Moro como moeda de troca. Moro saiu de herói nacional para salame fatiado e entregue para o centrão para provar a reforma da previdência. É assim que vejo o futuro da Lava Jato”, afirmou Padilha.
O diretor chegou a comprar a situação e Moro com a do ex-goleiro Bruno, foi condenado pelo assassinato de uma mulher.
“Quando o Bruno agarrava os pênaltis, eu não podia criticá-lo pelo homicídio que não aconteceu antes. A mesma coisa vale pro Moro. Eu estou contando (na série) as coisas que ele fez no começo da Lava Jato. Na primeira temporada a gente não cobre o vazamento da conversa do Lula com a Dilma, porque não tinha acontecido ainda, mas colocamos isso na segunda temporada”, diz.
Ataque ao PT
Padilha aproveitou para atacar o PT, um dos seus alvos preferidos: “Eu sou antipetista, sou antipessedebista e antipeemedebista. O Lula não escreveu ‘O Capital’, não é Karl Marx. Ele traiu a esquerda ao apresentar um projeto que foi bom, mas ao mesmo tempo claramente entrou no mecanismo. Alguém aqui acha que o Palocci não roubou? Acha que o Dirceu não roubou? Eu não sou antiesquerda, sou antipetista porque o PT roubou”, declarou.