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O juiz da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, João Batista Gonçalves, mandou bloquear imediatamente R$ 128 milhões do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG).
A determinação acata solicitação do Ministério Público Federal (MPF) e ocorreu no âmbito do inquérito policial que investiga pagamento de vantagens indevidas a Aécio pelo empresário Joesley Batista e pelo Grupo J&F. A medida alcança mais 13 pessoas e empresas.
Em nota, a defesa de Aécio disse “que considera inusitada e incompreensível a determinação de bloqueio das contas pessoais do deputado Aécio Neves e já apresentou recurso contra ela. Porque os valores referem-se, na sua grande maioria, segundo os próprios delatores, a doações eleitorais feitas pela JBS a diversos partidos políticos em 2014. Doações, inclusive, declaradas ao TSE”.
Andréa
No mês de março, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) havia determinado o bloqueio de R$ 1,7 milhão em bens de Aécio e Andréa Neves, sua irmã.
A decisão atendeu, parcialmente, um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que solicitava o arresto de mais de R$ 5 milhões, com o objetivo de assegurar pagamento de multa e indenização por danos coletivos, caso o deputado seja condenado.
Cristiane Brasil
A Polícia Federal alega, ainda, que Aécio utilizou recursos ilícitos para comprar apoio de outros partidos, como o PTB. Por isso, a decisão atingiu os ex-deputados Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Benito Gama (PTB-BA), que tiveram R$ 20 milhões bloqueados cada.