Político oculto da confissão de Cabral é Aécio Neves, afirma Lauro Jardim

Cabral não citou o nome de Aécio, que é amigo de juventude de Sadala, para que o caso não saia da jurisdição do Rio de Janeiro e vá para Brasília

Foto: Wellington Pedro/Imprensa MG
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Em depoimento dado nesta quinta-feira (23) ao juiz Marcelo Bretas, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou que conheceu Georges Sadala por um intermédio de "um político nacional de outro estado". O tal político, de acordo com a coluna de Lauro Jardim, é Aécio Neves (PSDB-MG). Cabral não citou o nome de Aécio, que é amigo de juventude de Sadala, para que o caso não saia da jurisdição do Rio de Janeiro e vá para Brasília. Sérgio Cabral, que está preso desde novembro de 2016 e condenado a quase 200 anos de prisão por comandar um esquema de propinas no governo do Estado do Rio, afirmou em depoimento à Justiça Federal nesta quinta-feira, que, durante sua gestão, manipulou a licitação para escolha das empresas que prestariam serviço ao Rio Poupatempo, para beneficiar o empresário Georges Sadala. Em troca, disse ter recebido propina de R$ 1,5 milhão, maior do que a estimada pelo Ministério Público Federal. A ação do MPF fala em propina de R$ 1,3 milhão. Houve essa propina, mas na verdade foi de R$ 1,5 milhão", disse Cabral. Na mesma audiência, depois de Cabral, também prestou depoimento o empresário Sadala. Ele disse estar "estarrecido" com a afirmação de Cabral de que pagou R$ 1,5 milhão em propina.
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