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O Movimento Brasil Livre (MBL), grupo de militantes de direita que ficou conhecido ao puxar manifestações pelo impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff entre 2015 e 2016, segue, como de praxe, divulgando fake news contra adversários políticos nas redes sociais.
Sites ligados ao grupo, que tem entre seus líderes o deputado federal Kim Kataguiri, já chegaram, inclusive, a serem retirados do ar pelo compartilhamento de notícias falsas, mas a produção de calúnias não parou por aí. Nesta semana, a página do MBL do Rio de Janeiro compartilhou imagens com a fake news de que os deputados federais David Miranda e Marcelo Freixo, ambos do PSOL, receberiam auxílio moradia mesmo morando em imóvel funcional da Câmara.
O grupo, no entanto, foi desmentido e, através de uma postagem nas redes sociais divulgada nesta quinta-feira (2), pediu desculpas aos parlamentares e seguidores.
"Viemos a público por meio desta nos retratar sobre dois memes do MBL-RJ que informavam que os deputados Marcelo Freixo e David Miranda fazim uso do apartamento funcional ao mesmo tempo que recebiam auxílio moradia. Fomos induzidos ao erro pelo site da Câmara, que mostra que os dois benefícios estão ativos mas não informa o período de um deles. Nos desculpamos com os deputados e nossos seguidores sobre o ocorrido e reiteramos nosso compromisso com a verdade", diz o comunicado, redigido com inúmeros erros de português.
Pelo Instagram, ambos os deputados que foram alvo da fake news se manifestaram sobre a retratação do MBL.
"Mais uma vez o MBL mentiu. As costumeiras fake news produzidas por esse grupo não têm vez por aqui. Por conta da indisponibilidade do apartamento funcional, nosso mandato requereu o auxílio-moradia em 25/03/2019 e foi deferido pela Câmara dos Deputados em 29/03/2019. Ele refere-se ao período de 01/02/2019 a 11/03/2019, em que fiquei em um apartamento privado em Brasília. Nesse período os apartamentos funcionais ainda não haviam sido desocupados (os antigos deputados têm um tempo para a mudança). Passei a ocupar o imóvel funcional da Câmara dos Deputados em 12/03/2019 e, a partir dessa data, não mais possuo o direito ao recebimento de auxílio-moradia.
Passou vergonha!", esclareceu Miranda.
Já Marcelo Freixo demonstrou não estar satisfeito com o pedido de desculpas. "A máquina de fakenews e difamação do MBL foi desmascarada e o grupo teve que voltar atrás em mais uma mentira. Lamentável que se faça política de forma suja, espalhando calúnias. Estamos avaliando as medidas judiciais a serem adotadas", escreveu o deputado.