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O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MP-RJ) solicitou auxílio ao ministério da Justiça, sob o comando do ex-juiz Sérgio Moro, para obter informações sobre empresa com sede no Panamá que é sócia da pessoa jurídica que adquiriu salas comerciais vendidas por Flávio Bolsonaro na Barra da Tijuca.
De acordo com informações do jornal Valor Econômico, quando apurações criminais evoluem e demandam informações que podem estar disponíveis em outro país, cabe ao ministério da Justiça estabelecer a ponte oficial para a transmissão de dados à investigação.
O único requisito é que o país mantenha acordo de cooperação penal com o Brasil. No caso panamenho, o país é signatário de acordo datado de novembro de 2011 que dispõe sobre auxílio jurídico mútuo em matéria penal.
O responsável por articular ações com o Ministério Público para enfrentamento à lavagem de dinheiro em casos com interface no exterior é o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), órgão vinculado à pasta da Justiça.
A diretora do DRCI, que foi nomeada para o cargo por Moro, é a delegada da Polícia Federal (PF) Erika Marena, que participou da criação da Lava-Jato em Curitiba e foi a responsável por batizar a operação.
O MP-RJ apura indícios de lavagem em transações imobiliárias feitas pelo atual senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) entre 2005 e 2018 - período em que foi deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).