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Reportagem de Juliana Dal Piva e Bruno Abbud, no site da revista Época, revela que parentes do clã Bolsonaro devolviam até 90% dos salários recebidos em funções públicas que foram nomeados por Flávio Bolsonaro (PSL/RJ) e o pai, Jair Bolsonaro (PSL), traçando uma genealogia de um escândalo que revela, em princípio, um esquema de nepotismo e "rachadinha" - quando funcionários de gabinetes devolvem parte dos salários aos parlamentares.
Segundo os jornalistas, a ex-mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Valle - mãe do seu quarto filho, Renan - é o elo para entender todo o esquema que enriqueceu a família.
Segunda esposa de Jair, Ana tem ao menos 12 parentes da família Siqueira Valle que foram empregados no suposto esquema de "rachadinha" nos gabinetes de Bolsonaro na Câmara e de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Uma pessoa próxima à família falou com Época sob condição de anonimato e disse que os parentes nomeados nunca fizeram o trabalho de assessoria parlamentar na cidade ou na Alerj - atuando como funcionários fantasmas.
De acordo com essa pessoa, ao menos dois familiares admitiram que repassavam cerca de 90% dos salários de volta para os parlamentares. A revista também teve acesso a gravações em que dois deles relembram as devoluções, em dinheiro vivo, feitas à Flávio na Alerj.
De quatro em quatro anos, a única coisa que os parentes faziam era distribuir santinhos no período de campanha pela reeleição de Flávio e Jair Bolsonaro. Assim, sequer eram vistos como funcionários. Entre os parentes de Ana Cristina estão irmãos, pais, tios e primos.
Leia a reportagem na íntegra