Escrito en
POLÍTICA
el
Contra a asfixia financeira aos movimentos sindicais, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, afirmou ao blog nesta terça-feira (30) que os ataques a movimentos sociais e aos sindicatos serão denunciados em junho à Organização Internacional do Trabalho (OIT).
“O governo Bolsonaro quer acabar com as organizações sindicais no Brasil”, criticou Freitas. O dirigente da CUT desaprovou medida do Palácio do Planalto em que excluiu da Esplanada dos Ministérios o Ministério do Trabalho, responsável pela análise dos registros de sindicatos.
Com os esvaziamento de movimentos sindicais, o governo Bolsonaro conseguiu uma união inédita. Pela primeira vez na história do sindicalismo nacional, todas as centrais estarão sobre o mesmo palanque nesta quarta-feira, 1º de maio, Dia do Trabalho. As medidas nas áreas da Previdência Social e trabalho encampadas pela equipe econômica do ministro Paulo Guedes provocaram também essa parceria singular.
"Os jovens serão afetados de forma direta, porque o trabalhador ficará mais tempo no mercado de trabalho, o que não abrirá a possibilidade para o jovem entrar", afirma Freitas.
As centrais já definiram o dia 14 de junho para realização de uma greve geral contra as reformas do governo Bolsonaro e em defesa dos direitos sociais. A data deverá ser oficializada durante o evento.
Críticas a Sérgio Moro
O presidente da central criticou a portaria que estabelece os procedimentos para o registro de entidades sindicais pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, sob a alça de Sérgio Moro. “O ministério da Justiça não tem nada a ver com isso”, rebateu.
"Isso não é assunto deles e deveria estar a cargo do Ministério do Trabalho. É uma interferência na livre organização do trabalho. Esse governo não quer organizar os sindicatos, mas acabar com eles ou transformar o sindicato em algo sem força para defender os trabalhadores", pontuou o dirigente da CUT.
Para Freitas a população “acordou” para a retirada de direitos contidas na Reforma da Previdência de Bolsonaro. “O pessoal sabe que não vai se aposentar. É o primeiro de maio unificado contra o Bolsonaro. Nunca teve algo nesse tipo, mas ele conseguiu”, concluiu.