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Reportagem de Julio Wiziack, na edição desta sexta-feira (5) da Folha de S.Paulo, revela que o Instuto Brasil 200 - criado por empresários bolsonaristas e que reúne, entre outros os donos da Havan, Luciano Hang, e da Riachuelo, Flávio Rocha - vai abrir um escritório em Brasília nas próximas semanas e contratar 12 lobistas para atuar em prol da reforma da Previdência.
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Reunidos com o ministro da Casa Civi, Onyx Lorenzoni (DEM/RS), e com a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL/RJ), no Planalto no último dia 26, o grupo iniciou chantagem para aprovação da reforma da Previdência proposta pelo governo Jair Bolsonaro (PSL): não vai ter emprego se não sair a reforma, dizem.
Segundo o coordenador do instituto, Gabriel Kanner, o objetivo é usar, além da sede em Brasília, os 25 núcleos estaduais da instituição para tentar convencer principalmente os parlamentares do chamado "centrão", hoje controlado pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP).
Lobby contra a Receita
Focados no apoio à reforma da Previdência, o grupo de empresários bolsonaristas, no entanto, tem uma pauta mais ampla.
No almoço com Onyx e Joice, Hang apresentou uma lista de reivindicações do setor, criticou a Receita Federal e pediu o fim do E-Social, projeto do governo federal para unificar o envio de informações trabalhistas e previdenciárias, que tem como principal objetivo reduzir a sonegação de impostos.
“Eu entreguei lá, para o secretário, uma pauta para desburocratizar a nossa vida. E a primeira delas é acabar com o E-Social. E-Social é uma putaria do cacete. E isso está ligado com a Receita Federal”, disse Hang, que foi aplaudido euforicamente.
Além de Hang e Rocha, fazem parte do grupo João Apolinário (Polishop), Sebastião Bonfim (Centauro), Washington Cinel (Gocil), Edgar Corona (Smart Fit) — todos apoiaram Bolsonaro na campanha eleitoral.