Empresa do pai de secretário da pesca coleciona multas ambientais por infrações de pesca

O próprio secretário Seif Júnior pediu, em meados de abril, a suspensão da lista de animais aquáticos ameaçados

Jorge Seif, Bolsonaro, e Jorge Seif Júnior (Foto: Twitter)
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A família do atual secretário de aquicultura e pesca, Jorge Seif Júnior, tem pelo menos dez multas ambientais, a maior parte por infrações de pesca, segundo levantamento da Folha. A mais grave delas é pelo transporte de mais de 12 mil kg de cherne-poveiro, espécie classificada como criticamente em risco de extinção. A JM Seif Transportes Ltda., empresa do próprio pai do secretário, Jorge Seif, foi multada pelo Ibama em R$ 300 mil, em 18 de agosto de 2014, pelo transporte, no Rio de Janeiro, do cherne-poveiro, que não poderia ser pescado. À época, vigorava a instrução normativa 37/2005, do MMA (Ministério do Meio Ambiente), assinada pela então ministra Marina Silva, proibindo por dez anos a captura e comercialização do cherne-poveiro (Polyprion americanus), que já constava na lista de 2004 de animais ameaçados. Seif Júnior pediu, em meados de abril, a suspensão da lista de animais aquáticos ameaçados. A multa pelo transporte da espécie criticamente ameaçada de extinção, segundo a lista mais recente de animais aquáticos em risco, ainda não foi paga pela JM Seif Transportes Ltda. A família Seif é proprietária de uma frota de embarcações e conhecida no universo pesqueiro brasileiro pela ação da empresa de Jorge Seif, a JS Captura e Comércio de Pescados Ltda. Seif Junior era ativo na empresa da família até assumir a Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP). Outras infrações associadas à família de Seif Junior dizem respeito à pesca em período de defeso (proteção de espécies em fases críticas de ciclo de vida, como a época de reprodução), comercializar indivíduos com tamanho inferior ao permitido por lei, pesca sem autorização, pescar e descaracterizar espécie de tubarão e realizar, sem licença, obra para um cais de concreto sobre o rio Itajaí-Açu, em Santa Catarina. À Folha Seif Junior afirmou que o levantamento das multas, com base em dados públicos, tem o intuito de trazer problemas. “Com todo o respeito, isso é para polemizar. O que isso agrega à sociedade? É para desqualificar uma pessoa que está trabalhando no governo.” Leia mais na Folha

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