Grupo liderado por dono da Havan financia "memes" pró-reforma da Previdência e envia a Maia

Liderado por Flávio Rocha, da Riachuelo, e Luciano Hang, da Havan, o grupo é o mesmo que foi acusado de gastar R$ 12 milhões para financiar a disseminação de fake news pró-Bolsonaro nas redes sociais durante a campanha eleitoral

Empresários liderados por Luciano Hang e Flávio Rocha entregam carta de apoio à Previdência (Divulgação)
Empresários liderados por Luciano Hang e Flávio Rocha entregam carta de apoio à Previdência (Divulgação)
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Coluna Painel S.A., na edição desta quarta-feira (27) da Folha de S.Paulo, informa que o grupo de empresários Brasil 200 está financiando conteúdos virais - conhecidos como "memes" - em prol da proposta da reforma da Previdência de Jair Bolsonaro (PSL). Liderado por Flávio Rocha, da Riachuelo, e Luciano Hang, da Havan, o grupo é o mesmo que foi acusado de gastar R$ 12 milhões para financiar a disseminação de fake news pró-Bolsonaro nas redes sociais durante a campanha eleitoral. Os empresários, que anunciaram a contratação de 12 lobistas para atuar no recém-aberto escritório em Brasília, teriam enviado os "memes" ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, nesta quarta-feira (24), para que ele envie a deputado. Segundo a coluna, os “memes” não são humorísticos. Alguns replicam estudos noticiados de entidades como a Confederação Nacional do Comércio, dizendo que um terço das cidades tem mais aposentados do que trabalhadores formais. Outros têm projeções da Secretaria de Política Econômica. Chantagem e sonegação Em encontro com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM/RS), e a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL/SP) os empresários fizeram chantagem em prol da reforma - dizendo que caso a proposta não seja aprovada, não terá mais empregos - e levaram uma pauta de reivindicações, incluindo o fim do E-Social, projeto do governo federal para unificar o envio de informações trabalhistas e previdenciárias, que tem como principal objetivo reduzir a sonegação de impostos. Atuando como linha auxiliar de Bolsonaro, o grupo também financia advogados que protocolaram recentemente no Senado um pedido de impeachment do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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