A líder da Minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), explica que a falta de transparência por parte do Executivo é inconstitucional. Para ela é a prova contundente “de que o governo mente para a sociedade”. “Não há nada que justifique economizar 1 trilhão em cima dos trabalhadores mais pobres”, avalia a congressista.
O líder da Oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), protocolou nesta segunda um projeto de decreto para derrubar o sigilo dos documentos. Já o deputado José Guimarães (PT-CE) avaliou ao blog que "o princípio da transparência pública não pode permitir a desvirtuação do debate", disse.
AlteraçõesApós reunião do relator com integrantes da oposição e do Centrão, saíram do parecer quatro itens considerados “jabutis”, como o pagamento da multa de 40% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); a concentração, na Justiça Federal, de ações judiciais contra a reforma da Previdência; a exclusividade do Executivo para propor mudanças à reforma e a possibilidade de que a idade de aposentadoria compulsória dos servidores públicos seja alterada por lei complementar, em vez de ser definida pela Constituição.
Impasse Depois da aprovação na CCJ, começa a segunda fase de apreciação da reforma. A vida da equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro, contudo, não ficará mais fácil na próxima fase. Na comissão especial, que Rodrigo Maia diz que vai instalar no início de maio, o mérito do texto poderá ser alterado com emendas dos parlamentares em acordo com os líderes de cada partido. Apesar das alterações, ainda há trechos que são atacados frequentemente por congressistas, que já avisaram ao governo que deverão retirá-los do texto, principalmente, o benefício de prestação continuada (BPC), a aposentadoria rural e o regime de capitalização.