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Autora do tuíte curtido pelo vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), que resultou em um pedido de impeachment proposto pelo deputado Marco Feliciano (Podemos/SP), a jornalista Rachel Sheherazade minimizou a ação do parlamentar contra o general, dizendo que a proposição é mais um "factoide para agitar a militância", em entrevista a Joelmir Tavares, na edição desta segunda-feira (22), da Folha de S.Paulo.
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"Esse pedido de impeachment não tem respaldo político nem legal. Não passa de mais um factoide para agitar militância, criando uma falaciosa conspiração do vice", disse.
Atualmente crítica das ações de Jair Bolsonaro, a apresentadora do SBT tem se declarado fã de Mourão. No dia 8, Sheherazade foi ao Twitter dar parabéns ao general "pela lucidez" em uma palestra na Universidade Harvard, nos Estados Unidos.
"Finalmente um representante do governo não nos causa vergonha alheia. Muito pelo contrário: o vice mostrou como ele e o presidente são diferentes: um é o vinho, o outro vinagre", escreveu na rede social.
Quatro dias depois, a jornalista compartilhou com seu 1,5 milhão de seguidores o que chamou de "a glória": o perfil de Mourão havia "curtido" a mensagem.
Para Feliciano, a reação positiva ao tuíte de Sheherazade é uma das provas de que o vice está conspirando para tomar o lugar de Bolsonaro.
"A vigília ostensiva desse tipo de interação por parte do deputado (Feliciano) nos fala mais sobre a prática do parlamentar do que sobre o caráter do vice-presidente. Enquanto um trabalha incessantemente em prol do governo e do país, o outro negligencia suas obrigações parlamentares para se tornar um fiscal de curtidas. Não pagamos o salário do senhor Feliciano para ser vigia de redes sociais", diz a apresentadora que, desde 2018, diz não ter "empatia política" por Bolsonaro.