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Atendendo a um pedido do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu a continuidade do inquérito que apura o envolvimento do ex-senador Edison Lobão (MDB-MA) e de seu filho Márcio Lobão em desvios e pagamentos de propina na construção da usina de Belo Monte.
Dodge avalia que há indícios suficientes para dar continuidade à investigação criminal. Na manifestação, a procuradora-geral ressalta que o inquérito precisa continuar, e que o período de 2 anos e 6 meses não é considerado demasiadamente longo para uma investigação desta magnitude – envolvendo autoridades públicas – na realidade do processo penal brasileiro.
“A relevância da função desempenhada pelos agentes públicos investigados no STF, que lhes confere um amplo poder de ingerência sobre os rumos da nação, torna ainda mais premente que eventuais crimes por eles praticados sejam devidamente esclarecidos, ainda que, para tanto, sejam necessários alguns anos de investigação”, sustenta Raquel Dodge no documento.
As defesas de Edison e Márcio Lobão alegam ausência de justa causa para o prosseguimento das apurações e reclamam da duração do inquérito.