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O Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro apresentou nesta sexta-feira (29) duas denúncias contra o ex-presidente Michel Temer, o ex-ministro Moreira Franco (Minas e Energia) e outras três pessoas investigadas por supostos desvios de recursos nas obras da usina nuclear de Angra 3.
As acusações contra Temer e o grupo investigado são de corrupção ativa e passiva,lavagem de dinheiro e peculato. Além do ex-presidente e do ex-ministro, foram denunciados o Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, e suas filhas Ana Cristina da Silva Toniolo e Ana Luiza Barbosa da Silva Bolognani.
Os procuradores da Lava Jato estimam que os desvios tenham chegado a R$18 milhões.
As denúncias serão analisadas pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, que mandou prender Temer, Moreira Franco e outros oito alvos da Operação Descontaminação, desdobramento da Lava Jato. O ex-presidente foi solto, através de um habeas corpus, na última segunda-feira (25), após passar três dias na prisão.
Caso da mala
Além das denúncias desta sexta-feira (29) contra Temer, Rodrigo Bentemuller, juiz da 15ª Vara da Justiça Federal em Brasília, acolheu nesta quinta-feira (28) denúncia do Ministério Público Federal e transformou o ex-presidente em réu no caso da mala de R$ 500 mil da JBS.
O ex-assessor de Temer, Rodrigo Rocha Loures, já é réu no processo. Foi ele que foi flagrado carregando a mala do ex-executivo da J&F, Ricardo Saud. Para o MPF, os R$ 500 mil eram propina para o ex-presidente.