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Reportagem de Carla Araújo e Fabio Murakawa, no Valor Econômico nesta quinta-feira (28), mostra que após as reações negativas à determinação do governo para que as Forças Armadas retomassem as comemorações na data que marca o golpe militar de 31 de março de 1964, o presidente Jair Bolsonaro (PSL baixou o tom sobre a decisão, ao dizer que a ocasião deve ser apenas rememorada.
"Não foi comemorar, foi rememorar, rever o que está errado, o que está certo e usar isso para o bem do Brasil no futuro", disse, após participar de evento no Clube do Exército em Brasília (DF).
Na prática, trata-se de mais um recuo de Bolsonaro, pois, no início da semana, o termo “comemoração devidas” pelo o porta-voz oficial da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros.
A mudança de tom se dá após a Justiça Federal de Brasília ter intimado o presidente da República a se manifestar sobre a celebração do golpe, em ação que tentar barrar as comemorações por 31 de março nos quartéis.
O Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também repudiaram a determinação de Bolsonaro.
As comemorações do golpe – que integrantes das Forças Armadas insistem em chamar de revolução – haviam sido suspensas pelos militares brasileiros a pedido da então presidente Dilma Rousseff (PT), presa e torturada pelo regime autoritário que perseguiu e até matou opositores, e perdurou até 1985.
Bolsonaro, por sua vez, classificou como “história” a Ordem do Dia escrita pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo. O texto que será lido nos quartéis neste 31 de março diz que "a Marinha, o Exército e a Aeronáutica reconhecem o papel desempenhado por aqueles que, ao se depararem com os desafios próprios da época, agiram conforme os anseios da Nação Brasileira (...) Mais que isso, reafirmam o compromisso com a liberdade e a democracia, pelas quais têm lutado ao longo da História”.
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