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As Forças Armadas decidiram desafiar o Ministério Público Federal (MPF), que recomendou que não fosse seguida a orientação de Jair Bolsonaro, no sentido de que o golpe de 1964 seja comemorado no dia 31 de março.
Dois comandos do Exército estão medindo forças com o MPF. Os generais Luiz Eduardo Ramos Pereira, comandante Militar do Sudeste, e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, comandante Militar do Norte, encaminharam, na tarde desta quarta-feira (27), convites para celebrar a data, que decretou a ditadura militar no Brasil.
Ambos, em seus respectivos convites, chamam o golpe de “Revolução Democrática”.
Repúdio
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, ligada ao MPF, divulgou, nesta terça (26), uma nota contrária à recomendação feita pelo presidente.
Os procuradores Deborah Duprat, Domingos Sávio Dresch da Silveira, Marlon Weichert e Eugênia Augusta Gonzaga, que assinam o documento, tornam público sua indignação em relação ao fato.
“Não bastasse a derrubada inconstitucional, violenta e antidemocrática de um governo, o golpe de Estado de 1964 deu origem a um regime de restrição a direitos fundamentais e de repressão violenta e sistemática à dissidência política, a movimentos sociais e a diversos segmentos, tais como povos indígenas e camponeses”, diz um dos trechos do documento.
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