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Durou pouco a celebração do clã Bolsonaro com a oscilação positiva da Bolsa de Valores após a visita de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos. Ao virar as costas e voltar para o Brasil, depois de uma série de reuniões com agentes do sistema financeiro, o ânimo dos chamados "investidores" baixou, sendo derrubado ainda mais com a prisão de Michel Temer (MDB) nesta quinta-feira (21) e os reflexos causados na articulação política para aprovação da reforma da Previdência no Congresso Nacional.
"A visita (de Bolsonaro a Washington) não mexe decisivamente com a expectativa do setor privado americano. O grande teste vai ser uma reforma da Previdência que coloque o Brasil no caminho do controle fiscal", disse Roberto Simon, do Conselho das Américas à Folha de S.Paulo, indicando que, sem a aprovação da proposta de Paulo Guedes, o sistema financeiro pretende abandonar o barco de Bolsonaro.
A tramitação da proposta no Congresso enfrenta cada dia mais resistência e deve piorar nos próximos dias, com a irritação de Rodrigo Maia com os tuítes de Carlos Bolsonaro.
Nesta quinta-feira (21) o presidente da Câmara avisou ao ministro da Economia que deixará a articulação política pela reforma da Previdência. Maia tomou a decisão após ler mais um post do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), com fortes críticas a ele.
Irritado, o deputado telefonou para Guedes e disse que, se é para ser atacado nas redes sociais por filhos e aliados de Bolsonaro, o governo não precisa de sua ajuda.
“Eu sou a boa política, e não a velha política. Mas se acham que sou a velha, estou fora”, disse Maia na ligação, que teria sido presenciada por aliados do Centrão.
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