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Em uma longa entrevista ao Portal Uol, publicada nesta segunda-feira (11), em que generaliza casos pontuais para defender suas propostas - algumas delas, como o homescholing, sem embasamento acadêmico, como ela admite -, a ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves, passou boa parte do tempo atacando o que ela considera "a erotização das crianças".
"A maior preocupação do presidente é contra a erotização infantil e já tivemos material governamental que fazia apologia à erotização de crianças", disse ela, para explicar a "revolta" de Jair Bolsonaro com a caderneta de saúde do adolescente.
Em live pelo facebook na última quinta-feira (7), Bolsonaro criticou imagens que aparecem na “Caderneta Saúde do Adolescente” que mostram como prevenir a gravidez e doenças sexualmente transmissíveis.
Criada em 2008, a caderneta tem o objetivo é informar meninos e meninas de 10 a 19 anos sobre cuidados básicos em saúde, a importância da vacinação, transformações do corpo na adolescência e métodos de prevenção à gravidez e doenças sexualmente transmissíveis.
Para exemplificar a "erotização infantil", Damares citou "uma imagem, em uma faculdade em Jequié, na Bahia, uma professora se ajoelha para simular como se faz sexo oral em um jovem". Confrontada pela repórter que crianças não estão na faculdade, a ministra disse que "a gente vê também para a sala de aula professoras levando pênis de borracha para crianças de oito anos", sem especificar.
Em contradição, a ministra diz que foi abusada aos seis anos, em parte, porque "nunca tinha visto um pênis". Ela, então, defende a educação sexual para crianças, "mas respeitando ela, com conteúdo certo, pessoa certa".
Dizendo não ser adequado que uma criança de seis anos seja exposta a um pênis, no entanto, Damares não quis se manifestar sobre o vídeo escatológico divulgado por Bolsonaro durante o Carnaval, que poderia ser acessado por crianças.
Leia a entrevista na íntegra.
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