Escrito en
POLÍTICA
el
Após a polêmica causada pela carta enviada pelo Ministro da Educação, Ricardo Vélez-Rodriguez, pedindo que escolas gravassem os alunos cantando o hino nacional e dizendo o slogan da campanha de Jair Bolsonaro, o Colégio Dom Gaspar, da cidade de Ourinhos, no interior de São Paulo, divulgou nas redes sociais imagens com crianças da escola atendendo ao pedido do ministro.
"O Colégio Dom Gaspar tem orgulho em dizer que nunca deixamos de cantar com nossos alunos o Hino de nossa pátria todas as terças feira. Ensinamos a honrar nossa Bandeira e nossa Pátria desde pequenos com muito respeito e amor no coração", diz a publicação, que divulga o vídeo em que as crianças enfileiradas cantam o hino e ao final dizem o slogan: Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.
Nas imagens, crianças em idade pré-escolar estão uniformizadas e enfileiradas e, a exemplo dos professores, colocam a mão no coração. A Fórum reproduz o vídeo com imagens que não mostra o rosto das crianças, por ser um ato ilegal divulgar imagens sem a autorização dos pais.
A publicação gerou muitas críticas de seguidores da escola, que explicaram a ilegalidade do ato.
"A uma altura dessa, ter que explicar aos coleguinhas sobre consentimento, é foda. Tá ficando cansativo.... mas vamos lá: o problema NÃO É cantar o hino. Cantem o hino nas escolas quantos dias quiserem, SE quiserem, é legal e é algo comum a todos. Agora mandar que TODOS repitam slogan eleitoral, inclusive aqueles que não concordam com o atual governo, é crime! A ideia do slogan não é comum a todos como o hino é. É crime tbm veicular imagem de menores de idade sem a autorização dos pais (mtos deles nem vão às reuniões, vão aparecer na escola agora pra autorizar?). Quem for na escola e autorizar a exposição do seu filho, ótimo, podem até fazer um longa da galera cantando hino, mas não podem obrigar aos que não querem participar, e não podem veicular imagem de quem não foi autorizado. SIMPLES!", comentou Daniela Mendes.
"Mas que delícia de processo! Esse diretor bolsominion deve ser rico", comentou Marcelo Alf.