O senado Paulo Paim (PT-RS) reclama das regras propostas pelo governo para a Reforma da Previdência. Presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal, Paim avalia que o governo inseriu tópicos na reforma "para queimar gordura" pois do jeito que o texto foi proposto "a proposta não passa".
Insatisfeitos com diversos ítens da texto, senadores articularam o convite a Rogério Marinho, Secretário da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, para prestar esclarecimentos à Comissão de Assuntos Sociais (CAS) da Casa."O conjunto da proposta é muito ruim e do jeito que está ela não passa. O governo terá que fazer um grande esforço para conseguirem aprovar no fim do ano", avaliou Paim ao blog em conversa na tarde desta quinta-feira (21).
Militante pela causa dos trabalhadores rurais e em defesa dos idosos, o congressista criticou a nova proposta para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) de apenas R$ 400."A bancada do PT no Senado vai propor uma mudança por meio de emenda: 60 a 65 será bem-vindo os 400 reais; mas dos 65 pra frente, iremos propor um salário mínimo vinculado ao mesmom reajuste dado ao salário mínimo, inflação mais PIB", explicou o congressista.
O BPC é uma ajuda assistencial de um salário mínimo paga a idosos paupérrimos, cuja renda familiar é inferior a 1/4 do salário mínimo. Com a reforma da Previdência do governo, o benefício concedido será de R$ 400 para quem tiver 60 anos, e só alcançará o salário mínimo quando o idoso completar 70 anos. Hoje, quem tem a partir de 65 anos pode requisitá-lo."Mas digo e repito: como está, não passa. Vamos negociar muito para ver que tipo de reforma será aprovada até o final do ano", finalizou Paim.
Veja abaixo a entrevista completa com o senador: