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Em longa entrevista aos jornalistas Guilherme Amado e Daniela Pinheiro, da Revista Época, divulgada nesta quinta-feira (21), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes faz graves acusações sobre o que ele chama de institucionalização de milícias, diz que auditores da Receita Federal fazem "pistolagem" para outras instituições, critica os procuradores da Lava Jato - em especial Deltan Dallagnol, que estariam acuando Raquel Dodge e afirma que um ministro do STF é alvo de chantagens por uma das grandes operações investigativas em curso no país.
“A toda hora plantavam e plantaram que esse ministro estava delatado. Qual a intenção? Isso é uma forma de atemorizar, porque essa gente perdeu o limite. Este ministro ficou refém deles”, disse.
Alvo da Operação Calicute, Mendes e a mulher, Guiomar, dizem que estão sendo perguidos por auditores da Receita. A justificativa do Fisco para devassar as contas do ministro era uma “análise de interesse fiscal” para investigar possíveis fraudes de “corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência”. O Imposto de Renda de ambos vazou, e 18 pessoas, entre parentes e conhecidos, foram listadas como potenciais investigados no caso.
"Coisa como isso aqui, para começar a venda de informações, para virar uma milícia, é um passo. Tenho certeza de que já há muitos empresários sendo achacados por fiscais que tocam investigações, que não se sabe por que nem para quê”, disse, com os papéis da Receita nas mãos.
A Calicute é um desdobramento no Rio de Janeiro da Lava Jato, que foi duramente criticada pelo ministro do STF. Segundo ele, os procuradores - tratados como apoiadores de Sérgio Moro - estariam acuanda a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge. “A Raquel está acuada pelos apoiadores do Sergio Moro lá na PGR, coitada”, afirmou Mendes, que desdenhou das críticas de Deltan Dallagnol, que segundo ele, "adora o Twitter".
Leia a reportagem completa na revista Época.