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A turbulência no Planalto aproxima cada dia mais Jair Bolsonaro (PSL) à prática do velho fisiologismo na relação do Executivo com o Congresso. Novo líder do governo no Senado, escolhido nesta terça-feira (19) pelo presidente, Fernando Bezerra Coelho (MDB/PE) é um velho aliado de Renan Calheiros (MDB/AL) na casa e alvo de cinco inquéritos: dois deles por supostos crimes contra a lei de licitações quando era prefeito de Petrolina, dois do período em que era secretário estadual e um da época em que foi ministro.
Bezerra foi ministro da Integração do governo Dilma Rousseff, quando ainda estava no PSB, e foi líder de Michel Temer no Senado no ano passado. Em Pernambuco, foi secretário no governo de Eduardo Campos, morto em 2014.
Nesta terça, horas antes de ser indicado por Bolsonaro para liderar o bloco governista no Senado, Bezerra prestou depoimento num desdobramento da Lava Jato, em que é apontado por executivos da Odebrecht como destinatário de repasses indevidos da construtora e da OAS após fraude em licitação.
“Já tive duas denúncias rejeitadas pelo Supremo, uma delas da Lava Jato”, afirmou o novo líder de Bolsonaro após o interrogatório e prestes a liderar a tropa em prol das reformas propostas pelo capitão.
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