Candidata laranja do PSL diz que ministro do Turismo sabia de esquema para lavar dinheiro

Professora aposentada, que teve encontros com Jair e Eduardo Bolsonaro, pediu asilo político a Portugal e diz que saiu do Brasil por medo: "Esse povo é perigoso. Hoje eu sei, eles são uma quadrilha de bandidos"

Cleuzenir em encontro com Bolsonaro e o filho dele, Eduardo (Reprodução/ Youtube/ Facebook)
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Em entrevista a Camila Mattoso e Ranier Bragon, na edição desta terça-feira (19) da Folha de S.Paulo, a professora aposentada Cleuzenir Barbosa, que foi candidata a deputada estadual pelo PSL em Minas Gerais nas últimas eleições, disse que se encontrou com Jair Bolsonaro (PSL) e que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, sabia do esquema de lavagem de dinheiro de recursos do fundo partidário usando candidatas mulheres. Leia também: Bolsonaro grava vídeo com elogios a Bebianno: “Continuo acreditando em sua seriedade” “Era o seguinte: nós mulheres iríamos lavar o dinheiro para eles. Esse era o esquema. O dinheiro viria para mim e retornaria para eles”, afirmou em entrevista à Folha. Em sua página no Facebook, Cleuzenir também posa ao lado de Eduardo Bolsonaro (PSL/SP). Segundo ela, no caso de Minas, a verba foi liberada formalmente pelo então presidente nacional da sigla, Gustavo Bebianno, demitido do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência nesta segunda-feira (18). Álvaro Antônio era o comandante da sigla em Minas, responsável pela montagem das chapas. Parte do dinheiro público foi direcionado a quatro candidatas do PSL mineiro apenas para preencher a cota feminina de 30% das candidaturas e de verba eleitoral. O dinheiro enviado a elas foi parar na conta de empresas de assessores, parentes ou sócios de ex-assessores do atual ministro do Turismo. Cleuzenir, que pediu asilo político a Portugal, diz que saiu do Brasil por medo. "Me mudei exclusivamente por causa dessa situação. Peço para as mulheres que denunciem. Não fiquem caladas, se exponham, sim. Eu vou entrar com pedido de proteção à vítima. Esse povo é perigoso. Hoje eu sei, eles são uma quadrilha de bandidos". Leia a reportagem na íntegra. Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.