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Traído por seu maior ícone, Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta quarta-feira que a retaliação anunciada por Donald Trump contra as políticas brasileiras de desvalorização do real frente ao dólar não fez com que ele se decepcionasse com o presidente dos EUA.
"Eu acredito no Trump. Não tenho nenhuma idolatria por ninguém. Temos uma amizade... Não vou falar amizade - não visito a casa dele nem ele a minha. Temos um contato bastante cordial. Não tenho decepção, porque não bateu o martelo ainda. Não é porque um amigo falou grosso numa situação que vou dar as costas para ele", afirmou.
Bolsonaro tratou uma possível ligação para Trump - sem revelar se realmente telefonou - como "questão de Estado" e ressaltou que ainda não há uma decisão sobre a condição impostas pelo governo estadunidense, de retomar a taxação do aço e do alumínio brasileiro.
"Estou conversando. Pode ver, nós importamos etanol deles. Eles querem, já está bastante avançado, mandar trigo para gente. Agora, nós somos os pobres da história. Não sei quantas vezes a economia deles é maior que a nossa. A gente tá com chumbinho, eles estão com ponto 50. Acho um certo exagero no que está acontecendo. Por enquanto não foi sobretaxado nada, só tem a promessa dele no Twitter".
O presidente brasileiro ainda afirmou que a desvalorização do real ante ao dólar não é proposital. "O mundo está globalizado, a própria briga comercial [entre] Brasil e China influencia o preço do dólar aqui. Várias vezes o Roberto Campos interferiu vendendo dólares. Nós não queremos aqui aumentar artificialmente... Nós não estamos aumentando artificialmente o preço do dólar".