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A suspensão do deputado federal Eduardo Bolsonaro do PSL, assim como o afastamento da liderança da sigla na Câmara dos Deputados, fez com que o filho do presidente Jair Bolsonaro adiasse por tempo indeterminado a realização da segunda edição da Cúpula Conservadora das Américas, que ocorreria em Fortaleza (CE) neste mês.
Eduardo foi o responsável por financiar a primeira edição do evento, em Foz do Iguaçu, no ano passado. Ainda como candidato, Jair Bolsonaro usou a ocasião para expressar, por videoconferência, seu temor de que as forças progressistas voltassem ao governo no Brasil: “ou mudamos o Brasil agora, ou o PT volta, e volta com muito mais força do que tinha até o final do governo Dilma”, declarou. Na época, o evento tinha como uma de suas bandeiras a contraposição ao Foro de SP, que reúne grupos de esquerda.
Em outubro deste ano, ocorreu outro evento conservador encabeçado pelo filho do presidente. A edição brasileira do maior evento conservador dos Estados Unidos, o CPAC (Conservative Political Action Conference) teve seus gastos arcados pelo Instituto de Inovação e Governança (Indigo), vinculado ao PSL. O Indigo é financiado com verbas do Fundo Partidário, ou seja, dinheiro público.
No ano passado, o Instituto recebeu cerca de R$ 1,8 milhão. O presidente do instituto é Sergio Bivar, filho de Luciano. Porém, por conta das intrigas com Jair Bolsonaro, ele não participou da organização. Desde o início das divulgações dos palestrantes, o CPAC se mostrou como verdadeiro palanque do bolsonarismo.