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Jair Bolsonaro vive cercado de seguranças e não sai sem forte escolta. Ainda que o Palácio da Alvorada seja vigiado por militares, ele não se sente seguro, dorme com uma pistola carregada ao alcance da mão e tem "outras arminhas que ficam guardadas por aí", disse à revista Veja, em reportagem de capa, que mostra um "presidente sem filtro".
“A gente contraria o interesse de muita gente”, declarou, afirmando que esse cuidado excessivo, que nunca outro presidente teve, não é paranoia.
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Bolsonaro ainda não acredita que o atentado à faca durante a campanha, cometido por Adélio Bispo, tenha sido um trabalho solo de um desequilibrado mental. O presidente tem certeza de que estão mancomunados contra ele.
“Houve uma conspiração”, afirma, sem prova alguma. Ainda assim, acredita que Bispo não agiu só e acredita que alguém do seu staff de campanha estaria envolvido na tentativa de assassinato. Sem revelar a quem se refere, vai dando pistas que apontam para um ex-ministro, que estaria tentando se vingar por não ter sido escolhido como vice.
Há cerca de 40 serviçais de plantão todos os dias no Palácio da Alvorada, mas Bolsonaro confidenciou ao jornalista da Veja que se sente e um prisioneiro dentro do Palácio. O presidente não vê TV. Não sai. Não bebe. Não recebe gente.
Sem fotos
Na visita que a reportagem da semanal fez aos seus atuais domínios, ele não deixou que fotografassem os funcionários, com medo de que se fossem reconhecidos por inimigos e, sob ameaça, "fossem coagidos a fazer alguma loucura".
Para completar, tal qual um rei, Bolsonaro não come sem que algum de seus funcionários prove antes.
É curioso que o presidente tenha tanto cuidado com "inimigos" infiltrados, mas não tenha um pingo de noção ao ofender jornalistas, fazer lives imensas destilando ódio e destempero, soltar impropérios diários pela boca e se orgulhar de sua própria tosqueira disfarçada de "simplicidade".