Escrito en
POLÍTICA
el
Um dos principais líderes da oposição, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), comentou na manhã desta segunda-feira (2) a retaliação anunciada pelo Twitter por Donald Trump, retomando as tarifas sobre o aço e o alumínio brasileiros para retaliar a desvalorização "maciça" do real frente ao dólar promovida pelo governo brasileiro.
"O governo terá a oportunidade de medir os resultados da nova diplomacia da vassalagem", tuitou Haddad, em referência à política externa submissa aos Estados Unidos conduzida por Ernesto Araújo a mando de Bolsonaro.
Bolsonaro, no entanto, não entendeu o impacto da medida de retaliação ao Brasil anunciado por Trump e se esquivou do assunto para evitar um recuo em suas declarações. "Vou conversar com o Paulo Guedes. Se for o caso, ligo para o Trump. Tenho um canal aberto com ele", disse, sobre consultar o "posto Ipiranga" que ocupa o Ministério da Economia. Pelo Twitter, o presidente estadunidense anunciou o aumento das tarifas de todo aço e alumínio importado do Brasil e da Argentina como retaliação à desvalorização "maciça" de suas moedas frente ao dólar. Segundo Trump, a desvalorização do real e do peso argentina não é bom para os agricultores estadunidenses, levantando a barreira protecionista contra os governos Bolsonaro e Maurício Macri. "Brasil e Argentina têm provocado uma desvalorização maciça de suas moedas. O que não é bom para os nossos agricultores. Portanto, com efeito imediato, restaurarei as tarifas em todo aço e alumínio enviado para os EUA a partir desses países", tuitou.O governo terá a oportunidade de medir os resultados da nova diplomacia da vassalagem.
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) December 2, 2019