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A proclamada "nova política", que angariou milhões de eleitores para que Jair Bolsonaro chegasse ao poder, não passa de amadorismo, segundo editorial do jornal O Estado de S.Paulo neste domingo (1º), que critica a ausência de articulação política do governo no Congresso Nacional.
"O presidente Bolsonaro dá a esse amadorismo o nome de 'nova política'. Julga que sua tarefa inclui abarrotar o Congresso de decretos, medidas provisórias e propostas de emenda constitucional sem definir prioridades, esperando que os parlamentares os aprovem simplesmente porque é isso o que o presidente da República espera, sem necessidade de negociação", diz o jornal.
O jornal conservador, que é controlado pela família Mesquita desde 1875, deixa claro no último parágrafo que a sua preocupação é com a política econômica, ressaltando que "por ora, há um alinhamento das lideranças do Congresso com alguns dos principais pontos da agenda econômica de Bolsonaro, mas hoje está claro que se trata de mera coincidência", e critica a "irrelevância" de Bolsonaro na agenda política.
"Ao final do primeiro ano do mandato, está cada vez mais claro que o Executivo, sob Bolsonaro, está se tornando progressivamente irrelevante na definição da agenda política nacional, o que é um fenômeno exótico em se tratando de um regime presidencialista – e potencial gerador de incertezas para investidores e cidadãos em geral".