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As três principais candidatas do PSL suspeitas de serem laranjas em Pernambuco afirmaram à Polícia Federal que as gráficas que aparecem nas prestações de contas realizaram os trabalhos encomendados. Elas afirmaram também que o material eleitoral feito para elas com dinheiro público ajudou a impulsionar a candidatura do presidente Jair Bolsonaro, também do PSL.
"Por dia, aproximadamente um contêiner de material gráfico chegava e saía do comitê, para ser distribuído em todo o estado, pois todos os candidatos do partido produziram material para Jair Bolsonaro", afirmou Mariana Nunes. "Seu material estava sempre atrelado aos candidatos Luciano Bivar e Jair Bolsonaro", consta da transcrição da PF do depoimento de Érika Siqueira.
De acordo com depoimento de um ex-dirigente do PSL de Pernambuco, quando havia necessidade de produção de material de campanha, seja para Bolsonaro, seja para candidatos a deputados, fazia o pedido diretamente a assessores de Luciano Bivar, deputado federal e presidente do PSL.
As três candidatas são investigadas por terem recebido R$ 781,6 mil em dinheiro público do PSL apesar de não haver sinais de que tenham feito campanha efetiva. Elas afirmaram em depoimento que não cometeram nenhuma irregularidade.
Bolsonaro sempre afirmou que venceu as eleições em 2018 com a campanha mais barata da história e sem usar dinheiro público.
Procurado pela Folha, o Palácio do Planalto disse que não comentará o caso. Neste sábado (2), em agenda, Jair Bolsonaro disse, de forma genérica, que desconhece episódios de laranjas do PSL porque estava no hospital ou em casa durante a campanha de 2018.
Com informações da Folha