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Os possíveis laços do governo de Jair Bolsonaro com o golpe de Estado que derrubou o presidente boliviano Evo Morales é objeto de um questionamento da oposição na Câmara dos Deputados. O líder de extrema-direita boliviano Luis Fernando Camacho já visitou o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e áudios vazados apontam um apoio brasileiro ao golpe.
"Oposição quer que Itamaraty explique se governo Bolsonaro teve algum papel no golpe contra Evo Morales, na Bolívia. Se Itamaraty não responder, poderá cometer crime de responsabilidade", tuitou a deputada federal Erika Kokay (PT-DF).
Camacho e Bolsonaro
Em áudio filtrado pelo jornal boliviano El Periódico, um interlocutor aliado de Camacho revela o apoio “das igrejas evangélicas e do governo brasileiro” ao golpe, e fala de um suposto “homem de confiança de Jair Bolsonaro, que assessora um candidato presidencial”. “Temos que começar a nos organizar para falar de política nas igrejas, como já se faz há muito tempo no Brasil, que já tem deputados, prefeitos e até governadores da igreja (evangélica)”, diz.
https://twitter.com/erikakokay/status/1194349232334880768
Luis Fernando Camacho esteve no Brasil, em maio, em conversa com o chanceler Ernesto Araújo, que afirma que não houve golpe na Bolívia. “Conseguimos o compromisso pessoal e governamental do chanceler Ernesto Fraga Araújo de elevar como estado brasileiro e garante da CPE a encomenda de interpretação da convenção sobre a reeleição indefinida para a CIDH. O Chanceler instruiu de forma imediata e na mesma reunião que se realize a consulta”, relatou Camacho, após encontrar o ministro brasileiro.