Defesa de assassinos de Marielle Franco usam lacuna de Raquel Dodge para tentar suspender processo

Advogados sustentarão que gravações em uma denúncia sobre obstrução da Justiça apresentada por Dodge citam novos suspeitos

Brasília - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge concede entrevista após reunião com os ministros Raul Jungmann, Torquato Jardim e Sérgio Etchegoyen, sobre a segurança no RJ (Wilson Dias/Agência Brasil)
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Os advogados de Élcio Queiroz e Ronnie Lessa, ambos da milícia e principais suspeitos no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, vão apresentar à Justiça um pedido de suspensão do processo em que são acusados de matar a vereadora e seu motorista. De acordo com a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, os advogados vão argumentar que gravações que estão numa denúncia sobre obstrução da Justiça apresentada pela ex-procuradora Raquel Dodge citam novos suspeitos de cometer o crime. “É preciso suspender o processo até que esses fatos sejam esclarecidos”, diz o advogado Henrique Telles.
O áudio em questão diz respeito a uma conversa telefônica na qual o miliciano Jorge Alberto Moreth afirmou ao vereador Marcello Sicilliano (PHS) que o político Domingos Brazão é o mandante e pagou R$ 500 mil pelo atentado. Conhecido como Beto Bomba, Moreth é um dos chefes da milícia que atua em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio.
Na conversa com Sicilliano, ele apontou outros três integrantes do Escritório do Crime que teriam colaborado no assassinato de Marielle e Anderson: Leonardo Gouveia da Silva, o Mad, Leonardo Luccas Pereira, o Leléo, e Edmilson Gomes Menezes, o Macaquinho.