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Em viagem ao Oriente Médio, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) se reúne nesta terça-feira (29) com o príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, que coleciona diversas polêmicas e crises diplomáticas. Além do recente embate econômico com o Irã, Salman é apontado pela agência de inteligência norte-americana (CIA) e pela ONU como mandante do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, do Washington Post, dentro do consulado saudita na Turquia no ano passado.
O encontro com Salman também coloca em xeque o discurso de Bolsonaro de que não se alinharia com ditaduras. O reino saudita é caracterizado como uma ditadura fundamentalista adepta do wahhabismo, vertente ultraconservadora do Islã.
As conversas entre Bolsonaro e Salman devem abordar o retorno das importações da fábrica da BRF nos Emirados Árabes. A Arábia Saudita é um dos principais importadores de frangos brasileiros e, em janeiro, reduziu o número de frigoríficos habilitados a vender para o país o frango halal, criado e abatido obedecendo aos princípios religiosos do Islã.
No final de semana, o presidente brasileiro se hospedou junto com sua comitiva no hotel que venceu como o mais luxuoso do Oriente Médio pelo World Travel Awards, além de já ter sido escolhido duas vezes como o mais luxuoso resort do mundo. Lá, um cappuccino custa R$ 82 reais e as diárias mais baratas começam em R$ 2.665.
O Emirates Palace fica em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, onde Bolsonaro chegou no sábado (26) e se reuniu com empresários e autoridades.
Assassinato
Jamal Khashoggi trabalhava para o jornal Washington Post e era crítico do regime saudita. O corpo nunca foi encontrado, e há suspeita de que tenha sido desmembrado e dissolvido com ácido.
No último desdobramento das investigações, Salman reconheceu sua responsabilidade pela morte pois o crime aconteceu sob seu governo, mas não admitiu que tenha qualquer ligação ou conhecimento prévio do assassinato, apesar da CIA julgar o contrário.
Com informações do UOL.