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A ex-Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, é favorável que se mantenha as prisões após julgamentos em 2ª instância. Para ela, mesmo que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida mudar o entendimento sobre a questão, cabe ao Congresso mudar a Constituição para que sejam mantidas as detenções, numa clara tentativa de manobra em cima da Corte.
"Exigirá, talvez, do Parlamento, uma reflexão sobre se é necessário alterar alguma regra no sentido de estabelecer clareza quanto à possibilidade de prisão após condenação em segunda instância", falou Dodge a jornalistas nesta quinta-feira (24), em São Paulo.
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A ex-procuradora não quis comentar especificamente os casos dos ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nem o do ex-ministro José Dirceu, que podem ser beneficiados, caso o STF seja favorável a mudar o procedimento. Porém, Dodge lembra que é necessário aceitar o entendimento da Suprema Corte.
"A percepção da sociedade brasileira é de que as instituições precisam funcionar condizentemente. Creio que o STF está dizendo à população brasileira que essa é a regra vigente, devemos respeitar", disse.