Deputado Sérgio Souza é alvo de operação da PF por fraudes em CPI de fundos de pensão

A suspeita dos investigadores é a de que deputado recebeu R$ 3,2 milhões para evitar a convocação e o indiciamento de algumas pessoas na CPI dos fundos de pensão

Foto: Luiz Alves/Agência Senado
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O deputado Sergio Souza (MDB-PR) é alvo, na manhã desta segunda-feira (21), da operação Grand Bazaar, da Polícia Federal (PF). A ação ocorre em quatro estados com o objetivo de desarticular esquema de fraudes a fundos de pensão e foi autorizada pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Sergio Souza foi relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos fundos de pensão concluída na Câmara dos Deputados em abril de 2016. A comissão trabalhou por oito meses e analisou números dos quatro maiores fundos de pensão do Brasil – Caixa Econômica Federal (Funcef), Correios (Postalis), Petrobras (Petros) e Banco do Brasil (Previ) – entre 2003 e 2015. A suspeita dos investigadores é a de que deputado recebeu R$ 3,2 milhões para evitar a convocação e o indiciamento de algumas pessoas na CPI dos fundos de pensão, entre elas, Wagner Pinheiro de Oliveira, ex-presidente da Petros e Antônio Carlos Conquista, ex-presidente do Postalis. A Grand Bazaar conta com cerca de 100 agentes que cumprem 18 mandados de busca e apreensão em Curitiba (6), São Paulo (3), Rio de Janeiro (4) e Brasília (5). Ela é um desdobramento da delação premiada do operador financeiro Lúcio Funaro, investigado nas operações Cui Bono e Patmos, ambas deflagradas em 2017. CPI dos fundos de pensão O relatório de Souza, aprovado pela comissão em abril de 2016, sugeriu o indiciamento na área penal de 146 pessoas suspeitas de envolvimento em esquemas de corrupção nos fundos da Caixa Econômica Federal (Funcef), dos Correios (Postalis), da Petrobras (Petros) e do Banco do Brasil (Previ). A CPI recomentou ao Ministério Público outros 155 indiciamentos na área civil e 52 na área administrativa – alguns se referiram a uma mesma pessoa ou instituição, mas em esferas diferentes. Co informações do G1 e do Estadão