Escrito en
POLÍTICA
el
O que parecia consenso no PSOL, em relação à candidatura do deputado federal Marcelo Freixo à prefeitura do Rio de Janeiro, não prevalecerá, se depender do vereador Renato Cinco (PSOL-RJ). O sociólogo criticou o companheiro de sigla e lançou sua pré-candidatura ao cargo.
As críticas de Cinco a Freixo se referem, basicamente, às articulações do deputado com PT, PCdoB, PDT e outros partidos de esquerda.
Cinco é um dos organizadores da Marcha da Maconha no Rio de Janeiro. Em entrevista à Veja, ele afirmou que seu partido tem tomado atitudes que justificam o estigma de “linha auxiliar do PT”.
“A maior parte das correntes do partido está com o Marcelo Freixo, mas é necessário que a gente discuta um programa, faça um diagnóstico da cidade e aí passamos para discussão das alianças. O debate sobre 2020 não pode partir da pergunta ‘quem são os nossos aliados?’”, disse.
Sobre a necessidade de articular alianças amplas, ele afirmou: “É preciso coerência. Do ponto de vista das lutas práticas, temos que realmente nos unir em defesa da Amazônia e contra a Reforma da Previdência, por exemplo. No caso da maconha, no qual milito há anos, há gente de esquerda e de direita. Mas na disputa eleitoral não pode ser assim, a formulação tem que ser mais profunda. O discurso é de ‘união contra o fascismo’, mas, na prática, a Previdência foi votada sem manifestações nas ruas”.
PT e PCdoB
O vereador disparou contra PT e PCdoB. “São partidos que estiveram comprometidos com as piores gestões da história do Rio de Janeiro, no estado e no município. A população não vai esquecer disso na hora de votar. Precisamos de autonomia e de um projeto de esquerda socialista para cidade do Rio, porque hoje há razão nos que dizem que o PSOL se comporta como linha auxiliar do PT”.
Cinco defende a aproximação com PSTU e PCB. “Um novo ciclo de centro-esquerda, baseado nessas alianças que já foram feitas, pode levar a mais uma decepção da população e ao surgimento de uma direita ainda mais forte que a atual”.