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A jornalista Cláudia Cruz, esposa do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB), condenada na Lava Jato a 2 anos e meio por evasão de divisas, teve sua pena convertida em serviços comunitários. A decisão foi do Tribuna Regional Federal da 4ª Região.
Com isso, Cláudia não precisará usar tornozeleira eletrônica e também não precisará ficar em recolhimento domiciliar. De acordo com o advogado Pierpaolo Cruz Bottini, “o Tribunal apenas seguiu aquilo que é previsto em lei, garantindo a Cláudia o direito a uma pena menos severa quando a sanção é menor que quatro anos”.
Ela havia sido absolvida pelo então juiz Sérgio Moro, em julgamento de primeira instância. Porém, a 8ª Turma do TRF-4 a condenou. A jornalista era acusada por supostos gastos oriundos de propinas ao parlamentar.
Na avaliação dos desembargadores, não houve demonstração de que os valores na conta bancária secreta aberta em 2008, na Suíça, eram frutos de ilícitos perpetrados anteriormente e, por isso, determinaram a liberação do confisco do dinheiro.
Petróleo
A ação surgiu após contrato de aquisição pela Petrobras dos direitos de participação na exploração de campo de petróleo na República do Benin, na África. A transação teria envolvido o pagamento de propina a Cunha de cerca de 1,3 milhão de francos suíços, o que equivale a US$ 1,5 milhão.
Para o Ministério Público Federal (MPF), uma parcela da propina recebida por Cunha no contrato de Benin teria sido repassada para a conta de Cláudia.