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Segundo reportagem de Pedro Canário para o Consultor Jurídico, a conversa secreta promovida pela corretora XP Investimentos entre procurador Deltan Dallagnol e banqueiros contou com a participação de investigados na Lava Jato. O evento aconteceu quatro meses antes das eleições de 2018 e discutiu o cenário político e a Lava Jato.
JP Morgan, Morgan Stanley, Merrill Lynch, Citibank, Itaú e Bradesco aparecem tanto na lista de presentes na reunião revelada pelo Vaza Jato em julho quanto na lista de réus de ação coletiva contra a Petrobras nos EUA. O encontro aconteceu em 13 de junho de 2018 e o tema era eleição e Lava Jato.
Durante o período que esteve em São Paulo, Dallagnol teve à disposição um motorista particular, além de ter passagem aérea e hospedagem bancados pelo evento.
Unidos contra a Corrupção
Deltan afirma que não houve conflito de interesse. Segundo a assessoria do MPF do Paraná, em nota enviada para o ConJur, o encontro com os bancos em São Paulo não discutiu a ação e tratou apenas da "pauta anticorrupção”.
"Na ocasião, o procurador tratou de informações de domínio público e não abordou o tema da class action [ação coletiva, nos EUA]. Dadas as circunstâncias descritas, especialmente a gratuidade do encontro e o tema abordado, não há qualquer sombra de conflito de interesses na referida atividade", afirmou o MPF.
Ainda segundo o MP, os bancos estavam ali para participar da campanha "Unidos contra a Corrupção", que servia como plataforma política para Deltan Dallagnol se lançar nas eleições de 2018, o que acabou não ocorrendo.
Confira a reportagem completa no ConJur.