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O senador Renan Calheiros (MDB-AL) fez duras críticas a Sérgio Moro, ministro da Justiça. Na opinião do ex-presidente da Casa, “Moro tem uma formação intelectual fascista. Só isso justifica o que ele fez na eleição, na prisão do Lula, na condenação sem provas e na interferência no processo político”.
Em entrevista a Ricardo Della Coletta, da Folha de S.Paulo, e Hanrrikson de Andrade, do UOL, Calheiros afirmou que a ida do ex-juiz para o ministério “acabou definindo um retrocesso institucional”.
“Ele começou o governo querendo legislar por decreto e nunca teve uma concepção clara da separação dos Poderes. Mandou para o Congresso um pacote anticrime que, ao invés de coibir, dá direito para matar. Traz salvaguardas que em nada vão ajudar na redução da criminalidade”, acrescentou.
O senador foi além e declarou que, ainda na função de juiz, Moro era, na verdade, um “político enrustido, porque liderou um projeto de poder”.
Vaza Jato
Renan acredita que os diálogos da Vaza Jato devem ser investigados porque “se não houver uma responsabilização para os que cometeram crimes ou extrapolaram os seus limites, vai acabar estimulando novas práticas em favor da impunidade”, disse, se referindo às ilegalidades divulgadas pelo The Intercept, envolvendo Moro e o procurador Deltan Dallagnol.
Calheiros quer que o Senado abra uma CPI para apurar o conteúdo das mensagens, caso os órgãos competentes não investiguem os indícios de irregularidades na força-tarefa da Lava Jato.
Asco
Em relação a Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República, que admitiu ter tido a ideia de assassinar o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, Calheiros disse: “O Janot me causa asco. O caráter homicida que ele desvenda no seu livro é uma coisa indicativa do que representou termos um psicopata à frente da PGR. Pela autodelação e autoflagelação que possibilitou naquele livro, ele é uma espécie de cadáver insepulto”, afirmou.