Dinheiro público do PSL financia evento de extrema direita em SP

Quem vai arcar todos os custos da conferência é o Instituto de Inovação e Governança (Indigo), financiado pelo Fundo Partidário do PSL

Eduardo Bolsonaro, Matt Schlapp e Dan Schneider reunindo-se para debater a CPAC no Brasil. (Foto: Reprodução/Twitter)
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Começa nesta sexta-feira (11) a edição brasileira do maior evento conservador dos Estados Unidos, o CPAC (Conservative Political Action Conference). Quem vai arcar todos os custos da conferência é o Instituto de Inovação e Governança (Indigo), vinculado ao PSL. O Indigo é financiado com verbas do Fundo Partidário, ou seja, dinheiro público. No ano passado, o Instituto recebeu cerca de R$ 1,8 milhão. Este ano, com o crescimento do PSL, a expectativa é que o Indigo receba R$ 16 milhões. O presidente do instituto é Sergio Bivar, filho de Luciano. Porém, segundo a assessoria do evento, ele não participou da organização. Desde o início das divulgações dos palestrantes, o CPAC tem se mostrado um verdadeiro palanque do bolsonarismo. Um dos nomes por trás da organização é o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), responsável por articular a edição brasileira com os responsáveis pelo evento no exterior, como Matt Schalpp, presidente da American Conservative Union (ACU, União Conservadora Americana em inglês). O presidente Jair Bolsonaro (PSL) é esperado para uma fala na abertura do evento, evidenciando o caráter político-partidário da conferência, que não contará com outros nomes do campo conservador, como os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). A pessoas próximas, Doria chegou a demonstrar interesse, mas não foi convidado. Witzel, segundo a organização do evento, alegou dificuldades de agenda. Ambos são vistos pelo Planalto como possíveis adversários de Bolsonaro na eleição de 2022.
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