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Em uma postagem feita no Twitter na tarde desta sexta-feira (25) o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) caiu em contradição. Ele disse que "tudo na Câmara é gravado" e que seria "muito difícil" que "alguém fale algo sem ser registrado", em uma tentativa de dizer que não havia perseguição contra Jean Wyllys (PSOL-RJ), deputado federal que, sob ameaças, anunciou que abriria mão de seu mandato.
"Praticamente tudo q se fala na Câmara é gravado, em todos os locais há pessoas (testemunhas) circulando. É possível,mas é muito difícil que alguém fale algo sem que fique registrado. Pensar numa perseguição com xingamentos e etc sem uma testemunha ou imagem de TV beira a loucura", escreveu.
Quando uma câmera que não era a do plenário, mas do fotógrafo Lula Marques, registrou a conversa via Whatsapp que estava tendo com seu pai, Jair Bolsonaro, no ano passado, o parlamentar, no entanto, não gostou. Tanto é que Eduardo e Jair estão movendo um processo contra a revista Fórum e o fotógrafo pela divulgação da foto e da matéria que mostra seu pai o dizendo, via mensagem de texto, que não vai visitar o filho na Papuda. Na ação, pai e filho pedem indenização por "violação de privacidade" no lugar que ele, agora, argumenta ser monitorado.
"Se tudo que acontece na Câmara é gravado e tem testemunhas porque você tá processando a Revista Fórum e ao fotógrafo Lula Marques pela matéria com o registro da conversa com o teu pai em que ele fala em te visitar na Papuda, hein Dudão?", questionou o editor da Fórum, Renato Rovai, como resposta ao tuíte do deputado.
Se tudo que acontece na Câmara é gravado e tem testemunhas porque você tá processando a @revistaforum e ao fotógrafo Lula Marques pela matéria com o registro da conversa com o teu pai em que ele fala em te visitar na Papuda, hein Dudão? https://t.co/Wqu7FpjVKH
— Renato Rovai (@renato_rovai) 25 de janeiro de 2019