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[caption id="attachment_164920" align="alignnone" width="640"] Foto: Agência Brasil[/caption]
Flávio Bolsonaro tenta se explicar, mas não consegue convencer. Dessa vez, matéria extensa do Jornal Nacional mostrou que uma escritura registra que o filho do presidente recebeu dois imóveis e mais R$ 600 mil pela venda de um apartamento.
Flávio havia declarado que parte do sinal dessa compra foi paga em dinheiro e que depositou em sua conta entre os meses de junho e julho de 2017, de acordo com informações de Arthur Guimarães e Paulo Renato Soares, no Jornal Nacional e G1.
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O comprador ratifica a história e afirma que pagou cerca de R$ 100 mil em espécie. No entanto, segundo a escritura, o pagamento de R$ 550 mil aconteceu três meses antes das operações consideradas “atípicas” pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Os outros R$ 50 mil foram pagos em agosto, em cheques no ato da escritura.
O imóvel tem 226 metros quadrados e Flávio comprou na planta junto com a esposa. Conforme indica a escritura, a aquisição aconteceu em dezembro de 2016, no valor é de R$ 1,7 milhão.
O documento diz que, em 2017, ele fez uma permuta com Fábio Guerra e a esposa, Giordana Vinagre de Farias Guerra. Deu o imóvel de Laranjeiras pelo valor de R$ 2,4 milhões em troca de outro apartamento no Rio; uma sala de escritório na Barra da Tijuca, na Zona Oeste; e mais R$ 600 mil.
Escritura
Entretanto, a escritura diz que os R$ 600 mil foram pagos da seguinte maneira: R$ 550 mil de sinal, em 24 de março de 2017; cinco cheques que somaram R$ 50 mil, em 23 de agosto de 2017. O filho do presidente afirma que o dinheiro recebido como sinal é o mesmo que foi depositado em sua conta em junho e julho, como aparece no relatório do Coaf. Mas as datas não batem. O relatório do Coaf apontou que foram realizados 48 depósitos em dinheiro na conta de Flávio, todos no serviço de autoatendimento da agência bancária da Assembleia Legislativa (Alerj), e sempre no mesmo valor de R$ 2 mil reais.O total foi de R$ 96 mil depositados em cinco dias. Em 13 de julho de 2017, por exemplo, foram 15 depósitos em apenas 6 minutos.
Portanto, Flávio ainda não conseguiu explicar por qual razão optou por fazer 48 depósitos de R$ 2 mil, com diferença de minutos em cada operação, ao invés de depositar tudo que recebeu em dinheiro de uma só vez na agência bancária.
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