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Para encerrar de vez a polêmica conspiratória de que não haveria sangue na faca que feriu o presidenciável Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora, na última quinta-feira (6), a repórter Iracema Amaral, do jornal O Estado de Minas, foi conversar com vários médicos sobre o assunto. A conclusão é que a estranheza só tem sentido para leigos.
Por se tratar de um momento de ânimos acirrados da campanha eleitoral, os dois cirurgiões pediram para que suas identidades sejam mantidas em sigilo.
Um dos médicos ouvidos pela reportagem, cirurgião-geral há 38 anos, disse que quanto mais rápida a estocada de um objeto cortante, a exemplo do que ocorreu com Adélio Bispo de Oliveira, menos suja a arma sairá do corpo da vítima.
Ele disse ainda que a arma pode ter sido limpa pela gordura que o corpo humano tem sob a pele. Além disso, ele explicou que as imagens veiculadas no momento em que o candidato é atingido não permitem garantir que não havia sangue na faca.
Outro cirurgião médico disse que a explicação para a falta de sangue na faca pode ser explicada pelo fato de o líquido peritoneal (contido na cavidade abdominal) ser de baixa viscosidade e, por isso, ter diluído o sangue. Além disso, o corte sofrido em uma veia abdominal, que levou o candidato a ter uma hermorragia interna, não se exterioriza de imediato, o que pode explicar também o pano branco não ter sido machado de sangue. O sangue fluiria para dentro e não para fora.