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A página do candidato à presidência Fernando Haddad (PT) no Facebook vem sendo alvo de ataques de perfis falsos, provavelmente controlados por computadores.
Uma das postagens na página do petista, que é um vídeo do programa eleitoral, por exemplo, tem quase 3 mil reações negativas. Todas essas reações, no entanto, são de perfis com nomes em outros idiomas, a maioria orientais, e em suas páginas sequer há fotos, postagens ou amigos. São os típicos perfis robôs, também conhecidos como bots. Eles são programados para compartilhar, interagir e fazer volume nos perfis de forma automatizada de modo a gerar efeito positivo ou negativo, dependendo de quem controla. O fenômeno foi observado, por exemplo, no pleito que elegeu Donald Trump como presidente dos Estados Unidos em 2016.
[caption id="attachment_141082" align="aligncenter" width="333"] Exemplos dos perfis que reagiram negativamente à postagem da página de Haddad (Reprodução/Facebook)[/caption]
Não é difícil identificar que a ação foi orquestrada e que os perfis que reagiram negativamente na página de Haddad são fake. Além dos nomes estranhos e a falta de conteúdo em seus perfis, somente nesta postagem do petista em específico que há tamanho volume dessas reações negativas. Todas as outras postagens, quando há reações negativas, não chegam a passar de 100 e sempre de perfis de brasileiros e ativos na rede social.
[caption id="attachment_141083" align="aligncenter" width="494"] Página de um dos perfis falsos que reagiram negativamente à postagem de Haddad. Sem fotos, sem conteúdo, sem amigos. (Reprodução/Facebook)[/caption]
Uso de robôs
Um recente levantamento realizado pelo instituto InternetLab apontou que cerca de 33% dos perfis que seguem o candidato Jair Bolsonaro (PSL) no Twitter são perfis falsos controlados por computadores.
O estudo constatou ainda que Alvaro Dias, senador do Podemos, é o candidato com maior percentagem de seguidores robôs: 60% dos seus quase 410 mil seguidores são perfis falsos.
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