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[caption id="attachment_139357" align="alignnone" width="700"] Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil[/caption]
Em março deste ano, o governo de Minas de Gerais acusou a União de reter aproximadamente R$ 14 bilhões em repasses que deveriam ter sido efetuados aos estados e, com isso, provocar grandes prejuízos à população mineira, especificamente. O governador Fernando Pimentel (PT) chegou, inclusive, a cobrar extrajudicialmente Michel Temer a prestar contas e ameaçou ingressar na Justiça.
A estimativa é que Minas Gerais tem direito a cerca de R$ 1 bilhão desses recursos ao longo dos anos, valor que poderia ser usado, por exemplo, para diminuir o escalonamento de salários.
Não é novidade que Pimentel, candidato à reeleição, por ser do PT, sofre por não receber nenhum apoio do governo federal, comandado por Michel Temer (MDB). A questão é que o maior estado dirigido por um opositor do emedebista e rival dos tucanos vem sendo atacado sistematicamente pelo viés econômico e não político. A análise é de José Antônio Bicalho, de O Beltrano.
A estratégia, entre o governo federal e a oposição conservadora local, é prejudicar economicamente Minas Gerais, retendo na União os repasses que lhes são de direito. Em síntese, ao mesmo tempo em que o governo de Temer segura o dinheiro que pertence a Minas, reclama porque a gestão Pimentel não consegue cumprir as obrigações básicas, como o pagamento integral dos salários do funcionalismo.
O objetivo da manobra, além de minar a gestão do petista é tentar inviabilizar a reeleição de Pimentel. Afinal, será difícil explicar aos eleitores, em período tão curto de campanha, que Minas Gerais vem sendo boicotada pelo governo federal na transferência de recursos. E que alternativas de capitalização são sistematicamente boicotadas pelo PSDB mineiro.
Para tentar minimizar o problema, Pimentel se movimenta na esfera jurídica. O governo mineiro conseguiu n uma vitória importante no Supremo Tribunal Federal (STF) para que os repasses da União aos estados sejam regularizados. Na segunda-feira (27), a União se comprometeu a realizar mudanças importantes nos procedimentos de repasse de recursos federais.