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Em entrevista ao "Jornal Nacional", na noite desta terça-feira (28), o candidato do PSL à presidência, Jair Bolsonaro, tentou se esquivar de uma pergunta sobre frases homofóbicas que já proferiu, como a de que "ter filho gay é falta de porrada" ou ainda que "vizinho gay desvaloriza o imóvel".
Ele recorreu ao episódio de 2010 em que teceu críticas a um evento na Câmara de temática LGBT. De acordo com o deputado, as frases foram proferidas pois, até aquela situação, ele era uma "pessoa normal".
"Isso começou a acontecer em novembro de 2010 e até ali eu era uma pessoa normal, como você. E na Câmara comecei ver coisas esquisitas. Na praia, por exemplo, você não vê gente de paletó. E lá vi gente 'à caráter'. Perguntei para um segurança: 'Vai ter parada do orgulho gay na Câmara?'. Tinha acabado o 9º Seminário LGBT", afirmou, já mostrando a cartilha anti-homofobia que, ao longo dos últimos anos, Bolsonaro demonizou com a alcunha de "kit gay".
"Tire as crianças da sala", afirmou, ao que William Bonner o repreendeu pois os candidatos não estão autorizados a mostrar nenhum tipo de material nas entrevistas.
O capitão da reserva seguiu sua fala com ataques ao que o setor conservador chama de "ideologia de gênero". "Um pai não quer chegar em casa e ver um filho brincando com boneca porque aprendeu na escola. Nada tenho contra o gay", disse, sem responder especificamente à pergunta sobre suas declarações homofóbica.