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A Jovem Pan recuou e anunciou que não vai mais promover o debate entre os principais candidatos à presidência da República, que estava previsto para ser realizado na próxima segunda-feira (27). Para tomar essa decisão, a rádio utilizou um pretexto, no mínimo, injustificável e publicou a seguinte nota em seu site oficial:
“Em virtude da manifestação de incerteza do candidato Jair Bolsonaro de participar de debates presidenciais e da insistência do Partido dos Trabalhadores em manter a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, que está impedido pela justiça de participar desses debates democráticos, a Jovem Pan comunica que decidiu não promover o debate entre os cinco primeiros colocados”.
O pretexto é descabido, pois não há nenhuma relação entre as duas situações. No caso de Bolsonaro, a desistência é uma opção pessoal. Em contrapartida, o ex-presidente Lula já cansou de manifestar desejo de participar de debates e entrevistas, o que só não acontece por perseguição de parte do judiciário, uma vez que Lula continua com seus direitos políticos em vigência. Além disso, o Comitê de Direitos Humanos da ONU deliberou que ele participe de debates e entrevistas e seja tratado em igualdade de condições em relação aos outros candidatos.
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